Campos específicos do trabalho de Weber – Religião, Sociologia Política, Sociologia Econômica.
Sociologia Econômica – Ampliação dos conceitos desenvolvidos por Marx, a esquerda se transforma através de Weber.
O capitalismo é troca de mercadorias com objetivo de obtenção de lucro. Mas isso não é novo, e porque então esse modelo só emplaca na Europa e na modernidade?
Ele chega à conclusão de que grande parte disso se dá pela afinidade eletiva que a ética protestante tem com o capitalismo, e tenta provar que a determinação não é única.
Marx é o grande expoente na economia, e Weber acredita estar complementando a obra de Marx principalmente nos pontos que as teorias de Marx eram "imperfeitas".
A distinção de classes entre capitalistas e trabalhadores contribuiu muito para o conhecimento da sociedade, porém diz que essa é uma divisão incompleta, e propõe a noção de classe possuidora e de classe produtora e diz que essas duas novas categorias não estão vinculadas à posse dos meios de produção. A diferenciação se dá entre status e classe em uma hierarquia social, ou seja, há pessoas (profissionais liberais) que não dispõem dos meios de produção de sua atividade e, no entanto, sua posição na hierarquia social é grande, pois esta é medida pelo seu poder de compra. Por sua vez, há alguns que detém os meios de produção (pequeno produtor, industrial), porém sua posição na hierarquia não é o mais alto.
O status social é composto de elementos não econômicos que influenciam na estratificação social.
Por isso não é possível obter uma adequada compreensão das diferenças na estratificação social tomando por base apenas a detenção dos meios de produção.
Crítica às generalizações indevidas na leitura do capitalismo ocidental. Marx generalizou para a Europa uma situação vivida na Inglaterra no final dos 70 no séc. XIX, que seria a economia de livre mercado, e sua tendência autodestrutiva do capitalismo. Não existe enfim, nas principais economias, este mercado de livre concorrência, pois há um controle do estado na economia para conter o caráter destrutivo do livre mercado e da livra concorrência.
Quanto à tese do descontentamento da classe trabalhadora que levaria a Europa a uma revolução, torna-se impossível uma vez que a crescente demanda dos setores de serviços nas grandes cidades europeias daria lugar aos trabalhadores desalojados pela mecanização da indústria e por isso o descontentamento dos trabalhadores não será tão grande.
A esfera econômica interfere sim diretamente na formação dos setores sociais, porém não exclui a influência de outros setores como, por exemplo, a ética protestante, que permitiu o desenvolvimento do capitalismo na idade moderna, segundo Weber, ou o Estado. E assim as afinidades eletivas que vão sendo mais necessárias são incorporadas pelo capitalismo que se transforma pela determinação recíproca entre os setores que se aproximam dele.
(das aulas do professor Felipe Gonçalves Silva.).
anterior, continuação
Sociologia Econômica – Ampliação dos conceitos desenvolvidos por Marx, a esquerda se transforma através de Weber.
O capitalismo é troca de mercadorias com objetivo de obtenção de lucro. Mas isso não é novo, e porque então esse modelo só emplaca na Europa e na modernidade?
Ele chega à conclusão de que grande parte disso se dá pela afinidade eletiva que a ética protestante tem com o capitalismo, e tenta provar que a determinação não é única.
Marx é o grande expoente na economia, e Weber acredita estar complementando a obra de Marx principalmente nos pontos que as teorias de Marx eram "imperfeitas".
A distinção de classes entre capitalistas e trabalhadores contribuiu muito para o conhecimento da sociedade, porém diz que essa é uma divisão incompleta, e propõe a noção de classe possuidora e de classe produtora e diz que essas duas novas categorias não estão vinculadas à posse dos meios de produção. A diferenciação se dá entre status e classe em uma hierarquia social, ou seja, há pessoas (profissionais liberais) que não dispõem dos meios de produção de sua atividade e, no entanto, sua posição na hierarquia social é grande, pois esta é medida pelo seu poder de compra. Por sua vez, há alguns que detém os meios de produção (pequeno produtor, industrial), porém sua posição na hierarquia não é o mais alto.
O status social é composto de elementos não econômicos que influenciam na estratificação social.
Por isso não é possível obter uma adequada compreensão das diferenças na estratificação social tomando por base apenas a detenção dos meios de produção.
Crítica às generalizações indevidas na leitura do capitalismo ocidental. Marx generalizou para a Europa uma situação vivida na Inglaterra no final dos 70 no séc. XIX, que seria a economia de livre mercado, e sua tendência autodestrutiva do capitalismo. Não existe enfim, nas principais economias, este mercado de livre concorrência, pois há um controle do estado na economia para conter o caráter destrutivo do livre mercado e da livra concorrência.
Quanto à tese do descontentamento da classe trabalhadora que levaria a Europa a uma revolução, torna-se impossível uma vez que a crescente demanda dos setores de serviços nas grandes cidades europeias daria lugar aos trabalhadores desalojados pela mecanização da indústria e por isso o descontentamento dos trabalhadores não será tão grande.
A esfera econômica interfere sim diretamente na formação dos setores sociais, porém não exclui a influência de outros setores como, por exemplo, a ética protestante, que permitiu o desenvolvimento do capitalismo na idade moderna, segundo Weber, ou o Estado. E assim as afinidades eletivas que vão sendo mais necessárias são incorporadas pelo capitalismo que se transforma pela determinação recíproca entre os setores que se aproximam dele.
(das aulas do professor Felipe Gonçalves Silva.).
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