Duas hipóteses iniciais pra Weber:
1. O universo social é infinito.
A realidade empírica é infinitamente mais rica que o conhecimento produzido sobre ela, portanto, não há como elaborar teorias que alcancem a totalidade social.
Sempre que se estuda um fenômeno, é necessário que se faça um recorte da realidade, esse recorte se orienta por uma escolha pautada por interesses individuais. Esse interesse pessoal é que irá moldar o ponto de vista pelo qual o cientista estudará os fenômenos, portanto, tais interesses tornam os estudos falhos, ou seja, incapazes de explicar a totalidade social.
2. Não existe um ponto de vista único que nos leve a totalidade social (Metáfora do cubismo).
A maneira de encarar a realidade produzida pela sociologia de Weber é a do tipo ideal, que se trata de um recorte no universo social, no qual um cientista se propõe a definir as características mais essenciais de um objeto de estudo social. Os limites destes tipos ideais são pontos de vista dos cientistas que tentam explicar esses tipos. É justamente esse limite que faz com que as teorias se abram ao diálogo com outras visões, outros tipos, que por sua vez revelam outros aspectos que foram eleitos por outras pessoas para explicar um assunto, e por fim, é desse debate entre os diversos tipos ideais que uma teoria vai sendo reafirmada ou refutada ao longo da história.
O conceito de Afinidade Eletiva trata-se da tendência de algumas esferas da sociedade, de se aproximarem mais ou menos uma das outras devido a determinado momento histórico.
A sociologia Weberiana flui por duas vertentes: Causal e Compreensiva
- Sociologia causal:
Causalidade Histórica- o historiador relaciona acontecimentos de forma perfilada e ideal, apontando eventos históricos pontuais, em uma sucessão linear.
Causalidade Sociológica – a sociologia aponta os movimentos que geram os eventos pontuais, ou seja, são os porquês que geram as mudanças sociais.
Ambas são complementares, e a partir desse modelo Weber propõe novas explicações para os fatos históricos.
- Sociologia compreensiva:
Teoria da Ação social – conduta dotada de sentido, tentando afastar condutas meramente reativas, e uma conduta social é a conjunção entre reação e significado.
Cabe ao sociólogo estudar os diferentes sentidos entre as ações sociais, assim, elenca alguns tipos ideais puros:
Ação racional com respeito a fins: técnica, calculista instrumental, que calcula sempre os melhores meios para obtenção dos fins.
Ação racional com respeito a valores: motivada pelas convicções de determinados valores éticos e religiosos.
Ação tradicional: motivada automaticamente por costume inerte.
A tendência das sociedades modernas é serem orientadas pelas ações racionais, o que não quer dizer que não existirão mais as outras ações, porém estas estarão cada vez mais ligadas à esfera privada.
É preciso mediar os dois âmbitos de análise sociológica a causal e a compreensiva, criando uma relação social, pois há uma expectativa de condutas que nos permitem presumir um comportamento alheio, mas nem sempre. A relação social trata das expectativas de condutas que são compartilhadas pelos indivíduos e assim vinculam seu comportamento.
Portanto há um vínculo entre o comportamento e algumas regras, o que faz com que a quebra dessas regras geram rompimentos nos comportamentos sociais.
(das aulas do professor Felipe Gonçalves Silva.).
continuação
1. O universo social é infinito.
A realidade empírica é infinitamente mais rica que o conhecimento produzido sobre ela, portanto, não há como elaborar teorias que alcancem a totalidade social.
Sempre que se estuda um fenômeno, é necessário que se faça um recorte da realidade, esse recorte se orienta por uma escolha pautada por interesses individuais. Esse interesse pessoal é que irá moldar o ponto de vista pelo qual o cientista estudará os fenômenos, portanto, tais interesses tornam os estudos falhos, ou seja, incapazes de explicar a totalidade social.
2. Não existe um ponto de vista único que nos leve a totalidade social (Metáfora do cubismo).
A maneira de encarar a realidade produzida pela sociologia de Weber é a do tipo ideal, que se trata de um recorte no universo social, no qual um cientista se propõe a definir as características mais essenciais de um objeto de estudo social. Os limites destes tipos ideais são pontos de vista dos cientistas que tentam explicar esses tipos. É justamente esse limite que faz com que as teorias se abram ao diálogo com outras visões, outros tipos, que por sua vez revelam outros aspectos que foram eleitos por outras pessoas para explicar um assunto, e por fim, é desse debate entre os diversos tipos ideais que uma teoria vai sendo reafirmada ou refutada ao longo da história.
O conceito de Afinidade Eletiva trata-se da tendência de algumas esferas da sociedade, de se aproximarem mais ou menos uma das outras devido a determinado momento histórico.
A sociologia Weberiana flui por duas vertentes: Causal e Compreensiva
- Sociologia causal:
Causalidade Histórica- o historiador relaciona acontecimentos de forma perfilada e ideal, apontando eventos históricos pontuais, em uma sucessão linear.
Causalidade Sociológica – a sociologia aponta os movimentos que geram os eventos pontuais, ou seja, são os porquês que geram as mudanças sociais.
Ambas são complementares, e a partir desse modelo Weber propõe novas explicações para os fatos históricos.
- Sociologia compreensiva:
Teoria da Ação social – conduta dotada de sentido, tentando afastar condutas meramente reativas, e uma conduta social é a conjunção entre reação e significado.
Cabe ao sociólogo estudar os diferentes sentidos entre as ações sociais, assim, elenca alguns tipos ideais puros:
Ação racional com respeito a fins: técnica, calculista instrumental, que calcula sempre os melhores meios para obtenção dos fins.
Ação racional com respeito a valores: motivada pelas convicções de determinados valores éticos e religiosos.
Ação tradicional: motivada automaticamente por costume inerte.
A tendência das sociedades modernas é serem orientadas pelas ações racionais, o que não quer dizer que não existirão mais as outras ações, porém estas estarão cada vez mais ligadas à esfera privada.
É preciso mediar os dois âmbitos de análise sociológica a causal e a compreensiva, criando uma relação social, pois há uma expectativa de condutas que nos permitem presumir um comportamento alheio, mas nem sempre. A relação social trata das expectativas de condutas que são compartilhadas pelos indivíduos e assim vinculam seu comportamento.
Portanto há um vínculo entre o comportamento e algumas regras, o que faz com que a quebra dessas regras geram rompimentos nos comportamentos sociais.
(das aulas do professor Felipe Gonçalves Silva.).
continuação